sábado, 12 de abril de 2008

Exposições em Abril


Nesta etapa pictórica de Abril, vou ter as seguintes exposições em Espanha:
De 11 a 24 de Abril: Galeria Passage em Ayamonte. Um espaço na Plaza de la Laguna, muito intimista. Decidi explorar os vários planos de paredes daquela sala única com formatos de menor dimensão que reportam para o meu tema paisagístico de eleição o Quercus suber e o Megalitismo. Uma exposição possível graças ao empenho do colega e grande amigo Emanuel Almeida, para ele um grande obrigado.

De 19 a 10 de Maio em Villafranca de los Barros, no espaço magnífico que é a Sala-Taller Maria Nieves Martin e que poderão visitar no sítio: http://www.sala-tallermarianievesmartin.com/
Esta iniciativa está integrada num intercâmbio cultural apoiado pela Câmara Municipal de Vendas Novas, e pelo Ayuntamiento de Villafranca de los Barros...e que publicamente agradeço.
Terei quatro salas à minha disposição, pelo que decidi intervir com quatro séries de trabalhos distintas. Em anexo segue um dos quadros que será exposto numa das salas e que pertence à série REMONTADOS.

Quanto à galeria 9ocre estará em França a representar Montemor-o-Novo no evento cultural a realizar em St. Geneviève-des-Bois, organizado pela associação de artistas du Hurepoix, entre 26 de abril a 12 de Maio. Para esta representação ir avante agradeço o trabalho sempre com entusiasmo e amizade da colega Alice Alves, membro desta associação e que tem feito a ponte Francês-Português connosco.
Para além do meu trabalho teremos a delegação composta pelos seguintes colegas: Célia Lascas Neto, Ana Fialho, Felicia Trales, Telmo Alcobia, Emanuel Almeida e Carlos Gabriel Garcia. Nesta exposição estarão também delegações da Alemanha e Polónia.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Magnólia- Um silêncio à espera da Primavera









Tanto silêncio neste espaço deve-se a uma profunda introspecção criativa. Um isolamento de monge...numa espera...numa tentativa de entender a magnólia. Uma planta que descobri no velhinho jardim de Montemor e que nesta altura do ano está recolhida, transformada em pinha armada por sâmaras múltipas que escondem a sua semente rubra. Foi uma destas pinhas que recolhi, num momento de solidão, um destes dias nesse mesmo jardim.
Foi aqui no atelier que tentei perceber e explorar esta pinha que promete ser flor de novo, e que da flor é oriunda. Num perene ciclo.
Confesso que foi desajeitada, ansiosa e ávida a primeira abordagem que fiz. Tintas que deixei fluir para surpresa minha, pelo prazer puro do desenho que descobre formas novas, mas que resultaram num acidente controlado, originando formas abstractas com um potencial extraordinário para uma próxima exploração com um gesto mais preciso.
Esse gesto, controlado... aconteceu. Mais calmo e racional, tentei controlar a emotividade que teimava em fazê-lo explodir incondicionalmente, mas... agora mais seguro, controlei melhor o meu membro. Pois é com o braço e não com a mão que se desenha, de maneira a que o desenho seja o fluir emocional do nosso corpo inteiro pela forma que exploramos e não apenas um gesto preso e raquítico.
A pinha da magnólia é de difícil tratamento expressivo, difícil de entender e por isso tão bela. Espero agora a primavera para ver que flor me surpreende, que regresso e que olhar terei sobre esta planta do meu jardim de moço...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Carlos de Bragança, pintor



"O Sobreiro" por Carlos de Bragança, Pastel sobre cartão, 177 x 91, 1905
Faz hoje um século sobre o atentado que vitimou D. Carlos e seu filho. Queria prestar homenagem a este homem que foi rei, e que entre outras áreas do saber, foi pintor. Dá-se usualmente mais destaque ao seu trabalho pictórico de marinhas, mas para mim este foi o primeiro pintor que retratou o sobreiro ( Quercus suber), conforme o testemunho desta obra patente no palácio ducal de Vila Viçosa. Um retrato destas árvores, das quais sobe tirar partido dramático, relegando para segundo plano da composição o monte alentejano. Tecnicamente, o modelado a pastel é de clara influência naturalista e há referências que apontam para que este sobreiro retratado se localizasse na Herdade do Palácio do Vidigal em Vendas Novas.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Exposição na Fundação Sousa Pedro



Esta exposição, que compreende duas salas, terá duas séries de trabalhos sobre o tema genérico "A dança da luz". São estudos sobre os efeitos de luz na paisagem do Montado, nomeadamente a luz de fim de tarde, da manhã ou ainda sobre o efeito do nevoeiro. Há também cruzamentos de megalitos com o Quercus suber em diversos planos de aproximação.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Exposição em Vendas Novas



Na exposição que decorre no Auditório Municipal, em Vendas Novas, decidi seleccionar um conjunto de trabalhos que estabelecessem um percurso orgânico por entre a paisagem do Montado e por entre as ocorrências dessa mesma paisagem: O Quercus suber e os megalitos. O problema das vedações que impedem esse percurso está representado nos quadros da série “Chão possível”. Para visitar até 3 de Fevereiro.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A dança da luz

Este quadro que fiz recentemente destinado à exposição na Fundação Sousa Pedro, intitulado, Quercus suber; 1H; 6; Raimundo é um exemplo de como entendo a dinâmica da luz na geometria explícita da composição. A modelação das formas depende dessa luz. Formas essas que chegam a ser autónomas, abstratizantes.
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